Na estrada desde 1997, o A-OK, banda de Curitiba foi um dos maiores nomes da cena hardcore nacional dos anos 2000, trazendo uma nova proposta ao estilo, inovando em suas letras e composições, além de ter uma performance de palco totalmente destruidora e extremamente energética.
Encerrando suas atividades em 2007, mas ainda fazendo shows de reunião, o A-OK gravou quatro discos, que mostram claramente as evoluções que a banda sofreu ao longo dos anos.
Em 2006, seu último disco, Samurai, que é considerado um dos melhores discos independentes do país e, para mim, o melhor do A-OK, seguido de perto por Absurdo, de 2004, o A-OK atinge o ápice de sua carreira musical.
Samurai é um disco temático, com todos os títulos das canções remetendo aos guerreiros japoneses, seus ideais e códigos de honra e uma das mais bonitas artes de um disco, toda baseada no universo oriental.
Musicalmente, uma força incrível, furiosos duelos de guitarras, com solos tão complexos que beiram o metal, muito peso e entendimento na cozinha, melodias complexas, porém de fácil assimilação.
Ótimas letras, muito inteligentes, com crítica e esperança balanceadas na medida correta e transmitidas de maneira que prende o ouvinte até a última palavra por Daniel Kruger, um vocalista excepcional, com um grande leque de alcance vocal, nuances e andamentos impressionantes em cada música.
Quem teve a sorte de presenciar um show do A-OK sabe que no palco, conseguem ser ainda melhores que em estúdio, com o instrumental sendo tocado à perfeição e Daniel segurando o show todo sem definhar a voz.
Os destaques do disco, que não tem uma música ruim, em minha opinião, vão para Código, que fala sobre os avanços da ciência de maneira musicalmente muito empolgante, Paraíso dos Infernos, talvez a melhor música da banda e Shogun, dedicada ao lutador Maurício Shogun, sendo uma das músicas mais fortes do disco, iniciando com um duelo de espadas e finalizando o registro magistralmente.
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