"O que que tem de estranho? Nunca viu dois preto e um branco?"
Jigaboo foi um grupo brasileiro de rap que surgiu em meados dos anos 90. O trio foi um dos responsáveis por quebrar paradigmas de uma época em que o rap nacional se encontrava saturado, devido o excesso de grupos que insistiam em passar o mesmo tipo de mensagem.
Em 97, quando o mineiro PMC se juntou com seu conterrâneo Deco Murphy, para investir em sua carreira musical em São Paulo, o embrião de Jigaboo já estava criado.
Dois anos mais tarde, em 99, depois de Suave voltar ao Brasil trazendo consigo experiência internacional, o MC consolida o grupo quando conhece PMC, que logo se destaca devido a sua versatilidade e criatividade na maneira de rimar.
Não demorou muito para que o talento do trio despertasse o interesse de uma grande multinacional. Com o contrato firmado, os musicos ganharam rápida notoriedade pelos meios de comunicação, conquistando prestigio e uma legião de fãs pelo Brasil. Era comum ver a música "Corre-Corre" sendo tocada no programa Espaço Rap da rádio 105FM, assim como a música de maior sucesso "Vai Pirar", bombando nas maiores rádios do país.
Com o destaque e a aparição cada vez mais frequente na mídia, além do prestígio também veio as críticas por parte de pessoas envolvidas na cena Hip-Hop, principalmente em cima de Suave que é caucasiano e membro de classe média. Mas o talento e a vontade de continuar a se expressar por meio da música foi mais forte, e assim o grupo manteve-se firme e prosseguiu até o começo da década de 2000, onde misteriosamente o trio anunciou seu fim.
A partir daí, cada um dos integrantes acabou seguindo seu próprio caminho. PMC continuou com seu trabalho na febém oferecendo oficinas e apoio a ex-internos, ao mesmo tempo em que prosseguiu com sua carreira solo, lançando algumas músicas soltas em parceira com DJ Deco que não "vingaram". Em contraponto, Suave que também seguiu carreira solo, mudou seu nome artístico para Dogão, assinando com a gravadora Arsenal Music por conta de seu talento e amizade com o produtor Rick Bonadio. Com isso o rapper ganhou destaque na mídia por um certo tempo até sumir e aparecer outra vez em algumas parcerias com o mesmo pseudônimo que começou na música. DJ Deco também continuou no que sabe fazer de melhor e decidiu se envolver em diversos gêneros musicais e produções independentes onde resolveu também mudar seu nome artístico para Deco Wanlu.
Não se sabe muito bem o real motivo pelo fim do grupo. O que se sabe é que mesmo nos dias de hoje, o grupo continua sendo referência no rap nacional.
Considero esse álbum uma das grandes obras primas do rap brasileiro. As letras são criativas e as rimas são diretas e inteligentes. Destaque para a música "Realidade", uma composição conjunta entre o grupo Jigaboo e adolescentes das unidades do Complexo do Tatuapé. A música acabou se tornando uma espécie de hino da Febem, "Vai Pirar", ritmo empolgante com participação da primeira formação do Charlie Brown Jr. e "Tapensanduquê?", um freestyle destruidor de Suave improvisando em quatro idiomas diferentes, finalizando com um ataque verbal à Gabriel o Pensador.
01 - Quebra Tudo
02 - Corre-Corre
03 - Deco Murphy na Área
04 - Fim Do Mundo
05 - Duro de Matar
06 - Vai Pirar
07 - MC's na Mira
08 - Para de Falar
09 - Agora é sua Vez
10 - Doidera
11 - Mídia ou Hip-Hop
12 - Qual é a Cor?
13 - Continua Sendo Nosso
14 - Tapensanduquê? (Freestyle)
15 - Geral
16 - Realidade
17 - Favela é Favela
18 - Corre-Corre
4 comentários:
corre corre sempre rolava na 105!
jigaboo era dahora!
o suave é um vacilão, coitado hahaha
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