21 de mar. de 2010

George Orwell - A Revolução dos Bichos


"Lembro-vos também de que na luta contra o Homem não devemos ser como ele. Mesmo quando o tenhais derrotado, evitai-lhe os vícios. Animal nenhum deve morar em casas, nem dormir em camas, nem usar roupas, nem beber álcool, nem fumar, nem tocar em dinheiro, nem comerciar. Todos os hábitos do Homem são maus. E, principalmente, jamais um animal deverá tiranizar outros animais. Fortes ou fracos, espertos ou simplórios, somos todos irmãos. Todos os animais são iguais."

Liderados pelos porcos Bola-de-Neve e Napoleão, baseados nos ideais do falecido porco Major, os animais de uma fazenda iniciam uma revolução contra seus patrões humanos, que os exploram a seu bel-prazer, fazendo-os trabalhar exaustivamente, roubando sua lã, leite e ovos e matando-os para carne e couro.

Apesar de alguns animais mais leais ou conservadores, a revolução é um sucesso e os animais expulsam os Humanos, tendo agora uma vida livre.

Com os porcos como liderança, os outros animais, cada um com um traço de personalidade indesejável, como manipulação, teimosia, alienação, acabam por causar confusão e inquietação na propriedade, o que culmina em uma eleição de um líder, que acaba sendo escolhido a força. De pouco em pouco, os animais vão se vendo tiranizados e escravizados como antigamente.

Uma alegoria à Revolução Russa de 1917, a sociedade utópica dos animais de George Orwell, após ser estabelecida, começa a afundar em corrupção, com um grupo sendo seduzido pelo poder e acaba traindo seus ideais iniciais, tiranizando e retirando a igualdade dos outros animais na mesma medida que seus rivais no início da revolução, os Humanos.

Um comentário:

Douglas disse...

massa o blog.
estava precisnado ler sobre a revolução e aqui encontrei o que eu precisava para escrever minha resenha...
grande abraço