Quatro de março de 2010, após uma espera de quatro longos anos era chegado o dia em que eu veria uma das minhas bandas favoritas de perto.
O dia começou cedo pra mim, depois de ter ido à faculdade para responder a chamada, despedi de meus colegas de sala e rumei para a Zona Norte exatamente às 16:20, chegando no local indicado por volta das 18:40, quando encontrei com alguns amigos e ex-companheiros de banda. Juntos pegamos uma breve fila enquanto nos embriagávamos de cerveja e seguimos para assistir a abertura do show do Take Off the Halter que subiu ao palco 19:40 para mais uma apresentação importante em sua curta carreira.
Com um som diferenciado, carregado de guitarras velozes e riffs ligeiros a banda que é uma das promessas do Hardcore nacional, entrou empolgada até o momento em que alguns engraçadinhos começaram a atacar isqueiros e papeis amassados nos integrantes.
Depois das várias tentativas do vocalista em levantar o público no intuito de parar as vaias, a banda finalmente obteve sucesso quando surpreendeu o público tocando o cover de Reffer e No Fun at All, a cabando com as vais por alguns instantes e deixando o grupinho com o grito entalado na garganta.
Em seguida os garotos ainda mandaram mais duas canções de autoria própria e finalizaram mais um show levando para casa um pouco mais de experiência.
Após 1 hora de espera e empurra-empurra por parte de um grupo peso pesado que não sossegava um minuto, subindo na cabeça das pessoas e esmagando-as com seus Kilos a mais, o quarteto californiano finalmente sobe ao palco para delírio dos fãs. O carismático El Hefe é o primeiro a entrar e surge simultaneamente com o baterista Eric Sandin e o guitarrista Erick Melvin, Fat Mike aparece por último em uma cena hilária trazendo consigo uma caipirinha e um pacote de batatas chips, acompanhado por um vestuário pra lá de exótico, mostrando-se um tanto à vontade com a camiseta aberta que deixava sua barriga amostra dando jus ao seu apelido.
Pois bem, depois de muita espera num calor desgastante a banda inicia o show com uma breve introdução emendada pelo clássico Linoleum que transformou núcleo da pista em uma gigante roda de bate-cabeça. Eu e mais algumas pessoas que estavam na parte da frente do palco fomos rapidamente engolidos pela roda violenta que se formou. Logo fui parar na parte de trás, quase embaixo da área VIP onde acompanhei sem fôlego a música Seeing Double at the Triple Rock e Murder the Government.
Em seguida veio The Brews que resultou num emocionante coro sucedido de Leave it Alone marcando o início do que mais tarde deixaria Fat Mike aborrecido.
Enquanto Fat Mike tomava sua segunda caipirinha, El Hefe surge com seu famoso trompete para tocar Eat the Meek e cadenciar os ânimos do show.
Passadas mais algumas músicas como We Called it America e Mattersville a paciência de Fat Mike chega ao fim com a falta de respeito do público que não parava de cuspir e arremessar tênis nos integrantes, talvez por causa do estresse devido o forte calor e a má estrutura em acomodar público , o que não justificava o exagero. O líder e vocalista do conjunto ameaçou parar com o show dizendo que não teria mais Bob e nem Kill All the White Man e deixou claro que não boicotava o ato desde que jogassem os objetos para cima e não contra eles, o público responde com o sinal de “Ok”.
Após o recado veio It’s My Job to Keep Punk Rock para quebrar o gelo e formar mais uma roda violenta, What Now My Love, Cokie the Clown seguido da inesperada Drugs are Good e do cover Radio do Rancid que veio com um comentário desanimador por parte do vocalista que disse “Se eles nunca vieram pro Brasil é porque não gostam de vocês”.
Além das confusões uma das coisas que marcaram o show foram as surpresas na escolha do setlist. Músicas como Leaving Jesusland, Quart In Session e The Desperation’s Gone ocuparam o lugar das clássicas Stickin’ In My Eye, Don’t Call Me White e Idiots Are Taking Over.
Outro fator marcante foram as piadinhas por parte de El Hefe e Fat Mike que a todo momento arrancavam risadas com a cada comentário dito. Em um dos intervalos de uma música a outra, foi arremessado um chinelo arrebentado ao palco que deixou Fat Mike um tanto espantado, o vocalista admirado disse: “ Por quê?! Como alguém consegue ir à um show punk de chinelo!”. El Hefe também se mostrou um tanto engraçado quando tentava falar em português, o guitarrista puxou um coro sonoro quando xingou um cara que não parava de atazanar os integrantes.
Mais tarde depois da dramática música My Orphan Year e a rítmica Reeko é feita uma pausa de cinco minutos para a banda se recompor e voltar com Franco Un- American que se transformou em Franco South-American, a esperada Bob que me deixou atordoado, quase a ponto de desmaiar onde tive que assitsir Fuck the Kids, Dinossaurs Will Die e a última Kill all the White Men da porta de entrada.
Com uma setlist inovadora e uma presença de palco arrasadora NOFX mais uma vez mostrou que é atualmente uma das melhores bandas punks do mundo.
Apesar da falta de mais músicas do novo CD e também de algumas músicas clássicas, a banda não ficou devendo em nada e cumpriu com as expectativas do público em um show que ficou marcado pela intensidade levada ao limite de quem esteve presente e se orgulha em dizer “NOFX 2010, eu fui e sobrevivi”.
SETLIST
Intro
Linoleum
Seeing Double at the Triple Rock
Murder the Government
The Brews
Leave it Alone
Eat the Meek
We Called it America
Mattersville
It’s My Job to Keep Punk Rock Elite
What Now My Love
Cokie the Clown
Drugs are Good
Radio (Rancid)
Pharmacist’s Daughter
Leaving Jesusland
The Desperation’s Gone
I’m Telling Tim
Quart In Session
Perfect Government
My Orphan Year
Reeko
ENCORE:
Franco Un-American
Bob
Fuck the Kids
Dinossaurs Will Die
Bottles to the Ground
Kill all the White Men
Seeing Double at the Triple Rock
Murder the Government
The Brews
Leave it Alone
Eat the Meek
We Called it America
Mattersville
It’s My Job to Keep Punk Rock Elite
What Now My Love
Cokie the Clown
Drugs are Good
Radio (Rancid)
Pharmacist’s Daughter
Leaving Jesusland
The Desperation’s Gone
I’m Telling Tim
Quart In Session
Perfect Government
My Orphan Year
Reeko
ENCORE:
Franco Un-American
Bob
Fuck the Kids
Dinossaurs Will Die
Bottles to the Ground
Kill all the White Men
Fotos tiradas por:
Gustavo Flauzino
JuChang
Max Machado
Naatysb
4 comentários:
PESADO! E eu não fui ¬¬
foi historico
INSANO!
tri boa essa resenha
e aqui em porto os cara tocaram dont call me white porque a gurizada pidiu
e foi muito afude tb
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