2 de ago. de 2010

H2O, Terror e One True Reason - Carioca Clube 01/08/10


Como muita gente ficou sabendo, dia 01/08, este último domingo, rolou aqui em SP o show de duas bandas de peso da cena gringa, o H2O e o Terror. Bom malandro que sou, não podia perder essa e sai às 17:30 da minha humilde residência na zona leste e atravessei essa porra pra colar no Carioca Clube, um pico meio novo pra galera que curte um HC, porém já é uma casa de show antiga, onde sempre rolou uns shows de pagode e tal, só que agora a casa ta abrindo as portas pra essas bandas gringas. Nesse ano já rolou A Wilhelm Scream, The Devil Wears Prada e ainda tá pra rolar um Millencolin e, pra quem curte, Mike Herrera, do MxPx. Volto a falar mais sobre o Carioca depois.
Cheguei na porta lá pelas 19:15 e logo vi que tava na merda, não conhecia ninguém, tava chovendo, tava frio e o Felipe Fiori ia demorar pra chegar. Sem muitas opções, resolvi beber. Uma lata e encontro meu amigo Willians, figura carimbada em show, mandando um hot dog maior que sua cabeça. Duas latas e nada de Felipe, na terceira o rapaz chega, a gente dá uma volta de carro, só pra curtir e já fomos pro show numa nice.

Nunca tinha ido no Carioca e confesso que não imaginava aquela estrutura. A casa realmente é boa, iluminação impecável e moderna, som de qualidade, lugar grande, bonito, só achei que o bar tem um acesso difícil, mas firmeza.
Quando cheguei, o som do Terror já tava rolando e acabei perdendo o show da One True Reason, banda que na verdade não conheço muito. Bom, o show do Terror foi animado, bonito de se ver, a galera que curte o som da banda sabe mesmo como agitar em um show, era nego pulando, se batendo, subindo no palco e fazendo bonito e a banda correspondia, tocando com alegria, acredito eu que eles tenham pirado no show, o público realmente tava foda, rolou até um bagulho bizarro de um cara que achou um tênis, algo assim, daí parece que ele tentou avisar no microfone, só que o Scott Voge (vocalista do Terror) não entendeu o que o cara queria, daí, não consigo entender o porquê, o cara fico nervoso e deu uma cotovelada no Scott. Parece que esse mesmo cara ainda arrumou umas tretas por lá, bom, eu vi uma, mas não entendi nada. Foi a única coisa triste do show, acho que isso fode quem quer ver as bandas boas e quem sabe como é o respeito dentro de um show de hardcore, um lugar que a única coisa que não devia rolar é treta.

Na ultima música rolou uma coisa legal, mais ou menos trinta negos subiram no palco pra cantar junto, até zuaram os P.A. (Public Addressed, som destinado ao público), porém nada que deixasse o show menos grandioso, pelo contrário, achei legal a rapaziada subir mesmo, foi bonito pra quem viu de fora e os caras mesmo assim continuaram tocando só com os retornos.
Fim de show, pausa para o cigarro, já pego outra breja e já vou me preparando pra ver o H2O. Não demora muito e o show começa, os caras entram um a um, com Mitts do Madball substituindo o guitarrista Todd Morse, enquanto rolava uma intro de um som clássico do Frank Sinatra, (Theme from) New York, New York, os caras logo abrem o show com a música 1995, som do Nothing To Prove, não sei bem a ordem das músicas então vou comentar mais ou menos algumas que eu lembro, os caras chamaram um Waiting Room do Fugazi, animal, todo mundo cantando.

Do CD que eu acho o mais da hora, o Faster Than The World, os caras tocaram Guilty By Association e, depois de o show aparentemente ter acabado, com a galera pedindo por mais, os caras voltaram e tocaram mais algumas músicas, como One Life, One Chance. Nothing to Prove também não podia faltar, música que fez a galera pirar. Outro som fudido que rolou foi Here Today, Gone Tomorrow, essa foi de chorar. Também do Nothing to Prove, Still Here e Sunday também foram tocadas.

O show foi animal, intesidade do caralho, os caras tocaram com vontade, sem frescura, curtindo com a galera que agitava muito, mostrando a cara de quem ainda curte um Hardcore aqui no Brasil, onde não é só essas porras de colorido que pega. Se liga, comentei que fazia tempo que eu não ia em um show tão cheio, em um lugar tão grande e que encontra-se uma galera tão carimbada, tinha nego que de tudo quanto é canto lá. Sei que tem nego que achou vazio, mas eu não, a casa era grande e a galera encheu o lugar, todo mundo que foi nesse show tá de parabéns e, sem média, voltei pra casa feliz pra caralho.

Fotos por Karen Lusvardi

Um comentário:

Anônimo disse...

O cara que subiu no palco queria trocar de tenis com o Scott mais ele não quis, por isso que ele deu uma cotovelada nele. E ainda se achou no direito de ficar reclamando depois do show...