Foto por: Michele Santos
O terceiro dia de festival foi mais suave. Dessa vez resolvi ir todo errado: sem ingresso, com o dinheiro contado e de moto - e tava frio, muito frio pra ir, imagine a volta. Chegando lá algo nada surpreendente, o estacionamento pra moto também era R$50! Após discussão em vão, lá fomos eu e uma amiga rumo ao Queens Of The Stone Age (QOTSA para os mais íntimos), já que havia perdido o Mombojó e o Bnegão e os Seletores de Frequência.
No estacionamento mesmo já passamos a mão em nossos ingressos especiais (pagamos R$80 inteira na pista comum na mão dum cambista), fomos comprar um gorózinho e um tio fez uma garrafa de Jurupinga a preço de dose pra gente. Ir errado até que deu certo e, enfim, entramos pelos portões do festival que já está prometendo System Of A Down para 2011 (Du-vi-do! Quero muito estar errado).
Dentro do espaço, vimos de longe o Incubus tocar. Morno, mas como não sou super fã nem nada, fiquei lá sentado com uma galera e curtindo o som. Em seguida, era a vez do QOTSA dominar o palco e o público, mas atrasou e a ansiedade fez parecer aquela uma hora de estorvo uma eternidade. Esperamos e esperamos e esperamos, até que então a voz do vocalista Josh Homme anuncia em inglês “Faz tempo, hein” e os riffs de guitarra do Troy Van Leeuwen anunciavam a entrada mais que perfeita com o hino que bota medo em todas as mães: Feel Good Hit Of The Summer.
Foto por Yuri Kiddo
alguém consegue ver o tio Josh daqui?Embora com alguns problemas na guitarra do Troy, a Rainhas da Idade da Pedra se saiu muito bem no palco. Josh que era um sex symbol do rock com aquela pegada meio Elvis Presley, agora tá só o caroço, gordo e velho; e a setlist poderia ter sido um pouco melhor, não teve nenhuma do primeiro álbum, homônimo de 1998, por exemplo (cadê a Mexicola, caceta?). A reação do público também foi morna, ninguém parecia realmente entender o que é a presença do Queens Of The Stone Age ou o que é o stoner rock de verdade. Geral curtiu, mas não rolou uma fritação como no Rage Against The Machine, não teve sequer um bate cabeça (eu até comecei um com um outro cara lá, mas ficou só na gente mesmo). Mesmo assim, um dos melhores shows do $WU, com certeza.
Por conta do atraso, cortaram a Misfit Love, bem uma das poucas legais do último CD, Era Vulgaris (2007). Podiam ter cortado 3's & 7's, Do It Again, Burn The Witch ou até mesmo a Little Sister, que pouco empolgam. Aliás, desde a saída do baixista Nick Oliveri, em 2003, a banda nunca mais foi a mesma. Mas a redenção aconteceu no final do curtíssimo show da banda, quando eles foderam tudo com o combo I Think I Lost My Headache, Go With The Flow, No One Knows e fecharam com a sinistra e uma das minhas favoritas, A Song For The Dead.
Daí sabe quando o cara goza antes da hora e acaba tudo antes da hora?! Foi isso que aconteceu com o Queens, o show simplesmente acabou no ápice da excitação e eu nem acreditei, fiquei lá esperando com aquela cara de “Já?”, decepcionado mais uma vez com o $WU. Pra quê pau grande se a gozada é precoce?
Segue a setlist:
Feel Good Hit of the Summer
The Lost Art of Keeping a Secret
3's & 7's
Sick, Sick, Sick
Monsters in the Parasol
Burn The Witch
Long Slow Goodbye
In My Head
Little Sister
Do It Again
I Think I Lost My Headache
Go With The Flow
No One Knows
A Song for the Dead
Foto por Yuri Kiddo
Em seguida, o Pixies fez um puta show. Não conheço muita coisa nem me atrevo a resenhar aqui, mas a banda que influenciou o Nirvana e tantos outros grupos influentes sabe muito bem o que faz e chamou muito minha atenção. Respeito.
No Linkin Park dei as costas e fui embora (e foi a melhor coisa que eu fiz) enfrentar o maior frio que eu já passei na minha vida, de moto na estrada a 8ºC, e ainda por cima, me perdi! Putaqueopariu!
Agora é trampar pra caralho e juntar o tesouro que eles cobram pra ir no ano que vem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário