31 de out. de 2010

Como Hurtmold e The Eternals viraram o serial killer italiano Roberto Zucco - 30/10/2010

Encerrando o Outubro Independente, Hurtmold e The Eternal tocaram DE GRAÇA, em 30 de outubro no Centro Cultural São Paulo. Estava tudo certo para eu ir e me encher de inspiração pra resenhar pro Underkrew. Trombei até o Gigo sem querer lá, com ingresso na mão e tudo bonitinho. Ingresso na mão? Era tarde de mais e não tinha nem resquício do farelo do ingresso pra mim e meus companheiros. Tudo bem, tudo bem, um plano B estava traçado e descemos para a Praça Roosevelt para ver a peça Roberto Zucco, no Espaço dos Satyros Um.

A história de Zucco é instigadora e relevante por contar a saga real de um assassino italiano que matou a própria família e quem cruzava seu caminho, um desafiador da moralidade que ganhou reconhecimento notável como um dos mais procurados na Europa pelo anseio a liberdade, tudo para ser “como o vento”.



Desde agosto em cartaz, a última peça escrita por Bernard-Marie Koltès – um dos dramaturgos franceses contemporâneo mais encenado no mundo –, dessa vez é dirigida por Rodolfo García Vázquez e aproveita de forma magistral o pequeno espaço físico satyriano. Com arquibancada móvel, a plateia é levada de um lado a outro pelos cantos que iam desde uma banda formada por atores tocando ao vivo num minúsculo espaço embaixo de um palco; ao teto, onde tinha uma janela-vitrine tomada por policiais e pelos lamentos da irmã mais velha de uma lolita apaixonada pelo anti-herói. Mais divertido que o Playcenter, garanto.


Mas o texto não é lá essas coisas, cria muitos diálogos desnecessários e o personagem principal fica paralelo à própria história, como em segundo plano. O ator Robson Catalunha (Zucco) está quase lá, se esforça, mas ainda falta mais maturidade. Já Cléo De Paris (que já vi em Liz, no mesmo Satyros) e Julia Ornelas se saem muito bem e destacadas do elenco. Destaque também pela trilha sonora, que foi desde uma batida de hip hop parecida com Wu Tang Clan, aos sinistros ambientes criados pelas vozes e sons de Coco Rosie.



Fotos: Divulgação

FICHA TÉCNICA

Texto: Bernard-Marie Koltès
Direção, tradução, adaptação e iluminação: Rodolfo García Vázquez
Assistente de direção: Vanessa Guillen
Direção e Produção de vídeo: Luciana Ramin
Trilha Sonora: Ivam Cabral
Cenário: Marcelo Maffei
Figurino: Lori Ann Vargas
Elenco: Robson Catalunha, Cléo De Páris, Julia Bobrow, José Alessandro Sampaio, Maria Casadevall, Elaine Grava, Dyl Pires, Diney Vargas, Victor Lucena, Priscilla Leão, Katia Calsavara, Marcio Pellegrini, Cristiano Dantas, Thadeo Ibarra, Cláudio Wendel, Ricardo Campanille, Renan Pena, Aline Leonello e Julia Ornelas.
Programação visual: Rodrigo Meneghello
Fotos do programa: Rodrigo Meneghello
Tratamento de imagens e animação: Luciana Ramin e Ricardo Campanille
Retrato Falado: Claucio Wendel
Tema composto: “Sem você”, intérpretes criadores: Cristiano Dantas, Ricardo Campanille, Claudio Wendel e Aline Leonello
Operação de luz: Leo Moreira
Operação de som: Igor Augusto

SERVIÇO

Local: Espaço dos Satyros Um
Endereço: Praça Roosevelt, 214
Telefone para contato: 11 3258 6345
Horário:
Outubro - Quintas, 20h, sextas e sábados, 21h30, e domingos 18h30
Novembro - Quintas, 20h, sextas e sábados, 21h, e domingos 18h30
Dezembro - Quintas, 20h, sextas e sábados, 21h, e domingos 18h30

Ingressos: Quinta, sexta e domingo, R$ 30,00, sábados, R$ 40.
Duração: 80 minutos
Estreia: 13/08/2010

3 comentários:

Anônimo disse...

julia ornelas ou julia bobrow?

Anônimo disse...

me pergunto que é vc que escreve,que texto estranho, com ares de "maldido", como se estivessem vivendo o topo da cultura undergound, mas me pergunto que cultura underground?
em realidade esse texto esta mal escrito narrando sua aventura do centro cultural ao teatro do satiros como se fosse...
e na hora que vai falar da peça bem que se esforça mas mostra que esta mais pra quem teve anos e anos de assistencia de novela em familia e não sabe ver teatro quanto mais escrever sobre.
aí cheio de querer!!!

Anônimo disse...

o pior é quando quer comentar sobre o texto do koltès.
era essa sua intenção ao dizer:
" mas o texto não é lá essas coisas"? Vc sabe quem é Bernard Marie Koltès?

parece que não, por isso da pra ler que vc não entende de poesia principalmente de uma com teor subversivo real.

sabe, falar mal do texto do Koltès?!?!
pela madrugada!!!! se for assim os novos porra-loucas é melhor que o mundo acabe mesmo e começando por são paulo.