Carlos Latuff é um cartunista brasileiro que iniciou seus trabalhos em 1989 no Rio de Janeiro. Apesar de começar como ilustrador em uma pequena agência, só se tornou cartunista em 1990, com uma publicação no boletim do sindicato dos estivadores, sendo que até hoje realiza charges pra a imprensa sindical.
Com a popularização da internet, Latuff começou a fazer charges de caráter ativista, sem perder a arte original de seus desenhos, produzindo obras para o movimento Zapista, inspirado na luta do mexicano Emiliano Zapata, um importante líder da revolução Mexicana de 1910.
Vou fazer uma pausa para explicar: Os zapistas lutavam contra o NAFTA (Acordo de livre comércio entre México, E.U.A. e Canadá) e pregavam a democracia no território com a participação direta da população. No dia 1 de Janeiro de 1994, os Zapistas tiveram maior visibilidade quando apareceram além das montanhas de Chiapas de capuzes pretos e armas na mão dizendo YA BASTA!
Voltando: Em 1999, Latuff faz uma viajem até Cisjordânia, onde vira simpatizante da causa Palestina, que sofre com confrontos armados desde 1920, numa disputa territorial. Devido à ajuda de outros países mais desenvolvidos à Israel, o Estado judeu, em uma aliança secreta com estes países, começa a invadir as terras Palestinas, onde criariam seu estado religioso e até hoje se mantém lá. Boa parte do trabalho de Latuff tem como foco essa luta, muitas vezes com críticas pesadas à ONU, aos E.U.A. e outros países, como a Grã-Bretanha, que financiaram de forma direta e indireta o conflito.
Latuff tem seus desenhos espalhados por todo o mundo, sendo o primeiro brasileiro a ter um trabalho publicado em um concurso de charges sobre o Holocausto, promovido pela Casa da Caricatura do Irã. O desenho mostra um palestino chorando em frente a um muro, vestindo um uniforme de prisioneiro de campo de concentração.
Latuff também faz críticas ao Papa, à polícia brasileira e até ao queridinho Barack Obama, devido às suspeitas de as ameaças feitas pelo secretário de imprensa do Pentágono Geoff Morrell, que diz que não descartar a opção de um ataque ao Irã devido a acusão do Irã desenvolver um programa nuclear com fins militares, porém o Terãã (Capital e principal província Islâmica do Irã) diz que o programa tem finalidade pacifica e se recusa a negociar. Na verdade o Irã diz que só quer fazer bombas nucleares para assustar seus inimigos que no governo de Bush foi ameaçado de ser o próximo a ser atacado, além de Israel que também não nega ter bomba nucleares mas não confirma, enquanto Índia e Paquistão outros inimigos iniciam uma corrida armamentista. Contudo só existem indícios de existir realmente esse programa no Irã, como no Iraque, onde os E.U.A. estava enganado. O Irã preocupado com possíveis ataques pode estar blefando pra ameaçar esses países.
Um comentário:
Bela homenagem! Carlos Latuff é um corte transversal no poder instituído. Seu trabalho inspirador revela um lugar fora da continuidade imperialista, o lugar da liberdade e do respeito pela diferença que deve ser potencialmente emergente no humano.
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